domingo, 19 de janeiro de 2014

O FRONT - Distinguished Service Cross

RUY, mano:
Que pena que o Brasil não cultiva sua memória.  A crise de identidade em que vivemos hoje, onde a tabula rasa de conhecimentos que é a cabeça da grande maioria da população alienada, leva à manipulação histórica odiosa, com a criação de pseudo verdades que ela não tem instrumentos para contestar.  Como resultado, são as personalidades vazias da telinha, com seus valores fúteis, que ditam normas de comportamento completamente alienígena à sociedade brasileira, mas muito a gosto dos que desejam perpetuar-se no poder.  Panis et circenses...
Fica difícil não supor que o descaso dos governos com a memória e a educação seja mais que mera incompetência.
A história do Brasil, como disse Eduardo Bueno com muita propriedade, não tem como ser chata.  Só um bestalhão consumado pode achar que seja.
Que outro país pode dizer que tem uma gênese templária? 
Nós temos.  Quero ver alguém contestar este fato. 
Só nós fomos uma monarquia legítima no novo mundo.  Fomos mesmo!  Ah, mas teve o Iturbide no México.  Ora, Iturbide foi só um caudilho que se autoproclamou imperador, só isso...
Pois é.  Quantos sabem que duas bandeiras nacionais tremularam no Brasil independente?
Quantos já ouviram falar em Max Wolff, o soldado brasileiro mais condecorado da FEB? 
Hoje, setenta anos depois, a garotada americana conhece Audie Murphy, o baixinho mais condecorado entre os soldados americanos, que virou astro de cinema. 
Os britânicos, todo ano, aos onze minutos para as onze horas do dia onze de novembro, chova ou faça sol, homenageiam seus mortos no Dia da Lembrança, lest we forget
Os russos honram seus heróis de guerra, mesmo que o regime tenha mudado e os tempos sejam outros.  Lá ninguém diminui ou desonra um Herói da União Soviética
Todo país faz isto, pelo menos desde os dinamarqueses inauguram o túmulo para o soldado desconhecido, em meados do século XIX.  Em todo o mundo os heróis são honrados como parte da herança viva de um povo. 
Menos aqui.
Sabem quem foi Alberto Torres?  Nada menos que o piloto da Força Aérea que afundou o submarino U-199 na costa do Rio de Janeiro, único brasileiro a fazê-lo.  O mesmo Alberto foi o piloto com mais missões realizadas nos céus italianos.  Algum jornalista lembrou e fez uma reportagem.  Acabou-se.
Todo mundo decente se sente orgulhoso de honrar seus heróis.
Nós não. 
Nós zombamos dos nossos heróis com a estupidez insípida dos boçais
Com o deboche imbecil dos ignorantes, deixamos escorrer pelos dedos as areias auríferas do passado para pôr, no nosso panteão pessoal, os “heróis” desse lixo chamado BBB, cujo título, a única coisa inteligente de todo o esquema, tem origem na obra imortal de George Orwell.  Pior ainda: os cínicos que montaram o esquema ajudam justamente a desenvolver aquela sociedade monolítica desumana, alienada e opressora que o livro condenava com veemência.  Isto é o cúmulo da inversão dos valores: usar o antídoto como rótulo da praga. 
Muito próprio dos tempos rasos em que vivemos.
Não tenho nada contra essa coisa deturpada ser colocada no ar.  Tenho, sim, contra os desgovernos que deixaram um povo tão despreparado e imbecilizado que um lixo desses se converta em sucesso.
Que boa parte da massa se mantenha ignara e inculta é inevitável.  Mas, pelo menos, que ela tenha opções, condições de ascender, educadas com alternativas outras que não apenas o ópio que a mantém como tal.
Não quero muito.  Só quero que o Brasil não despreze seu passado, que não o troque por pretensas quimeras de utópicos sem raízes e sem escrúpulos – quimeras tão insípidas que nivelam por baixo a massa, a título de igualdade, enquanto entronizam uma nova classe aristocrática que, por ser “mais iguais que os outros”, se arvoram em árbitros e juízes perenes, cuja única capacitação é ter feito parte da panelinha.
Será muito pedir que o Brasil conserve sua brasilidade?
Parabéns, mano Ruy.  Esses tópicos, aparentemente soltos, que você coloca em O Front nos ajudam a lembrar que existe muito mais coisas do que os escândalos sucessivos ou as imbecilidades bostejadas por grupelhos enquistados em ministérios idiotas para justificar a sinecura imerecida...
Abração,
JG
 
 
 



Distinguished Service Cross

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A Distinguished Service Cross (DSC) (em português, Cruz de Serviços Relevantes") é a segunda maior condecoração militar que pode ser dado a um membro do Exército dos Estados Unidos da América, premiado por extrema bravura e risco de vida em combate real com uma força armada inimiga. Ações que merecem a Distinguished Service Cross devem ser de tão alto patamar a ponto de sobressair-se todas as outras condecorações militares dos Estados Unidos, abaixo somente da Medalha de Honra. A Distinguished Service Cross é equivalente ao Crucifixo da Marinha (Marinha e Fuzileiros Navais) e ao Crucifixo da Força Aérea) (Força Aérea).

A primeira Distinguished Service Cross foi dada durante a Primeira Guerra Mundial. Em adição, um número de premiações foram feitas por ações ocorridas antes da Primeira Guerra Mundial. Em vários casos, estes eram soldados que tinham recebido um Certificado de Mérito por bravura a qual, na época, era a única premiação de honra ao mérito além da Medalha de Honra que o exército poderia receber.

Esta condecoração é distinta da Distinguished Service Medal, que é dada em reconhecimento a soldados de serviço excepcionalmente meritório ao governo dos Estados Unidos em um dever de grande responsabilidade.

O Major do Exército Brasileiro, Apolo Miguel Rezk foi condecorado com esta medalha durante a 2ª Guerra Mundial.
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Fraterno Abraço
RR

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