domingo, 22 de junho de 2014

ACORDO MILIONÁRIO ENTRE GOVERNO E IBOPE

Caramba, Helio!
Quero ver alguém responder a este seu e-mail!
Então, finalmente, aí vem a pesquisa para justificar a provável manipulação da maquininha de fraudar (Diebold Fraud Machine for Dummies), como estamos gritando há um porrão de tempo!
Por coincidência, o motorista de táxi com quem conversei (sempre faço isto onde quer que eu vá – o motorista de táxi é o termômetro mais confiável de qualquer cidade) me disse uma coisa que tem muito a ver com o que você colocou:
Eu trabalho pelo menos 12 horas por dia.  Falo com um monte de gente.  No meu carro, com os passageiros, com os outros motoristas, com a família... e não sei de ninguém que aprove a Dilma ou diga que vai votar no PT.  Alguém já fez pesquisa com o Sr.?
Claro que não.
Mano, se tirar a nossa lista como exemplo, aqueles que defendem o governo dá para contar nos dedos das duas mãos, se tanto.  Aí vem aquele papo de classe média etc. etc., que você está cansado de ver espalhado pelos MAVs.
Tenho a impressão de que o pessoal do IBOPE vai sair por aí, procurando os alienados, os comensais e os militantes para perguntar – e só a eles!
O negócio é não entregar os pontos!  Boca no trombone!
Abração!
JG
 



 
ACORDO MILIONÁRIO ENTRE GOVERNO E IBOPE

Sabado, 24 de maio de 2014

 

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O Ibope está acabando o "campo" da pesquisa que, segundo antecipam as fontes de sempre, deve mostrar que Dilma parou de cair e até cresceu um ou dois pontinhos na disputa pela presidência da República. O suficiente para não dar certeza de segundo turno. Com um aumento dos brancos, nulos e indecisos. Talvez até mesmo com Aécio Neves crescendo também um pontinho, para não dar na vista. A pesquisa é feita logo após a veiculação do programa do PT na TV e das veiculações de comerciais, além de uma bem estudada agenda de Dilma pelo Brasil à fora.
O custo da pesquisa registrada no TSE é de R$ 180.000,00.  O cliente não é um jornal, uma entidade de classe, uma emissora de TV.  É o próprio Ibope.  Os resultados devem sair a tempo de figurarem nas edições de sábado e domingo dos principais jornais. Mas a pesquisa está cercada de suspeitas.
O Ibope tem contratos milionários com o Governo Federal.  Dizem que totalizam R$ 4,6 milhões. Daria para fazer 25 pesquisas como esta, em andamento. Um destes contratos (veja abaixo), firmado em 2013, é de R$ 2.070.000.  O último pagamento registrado foi feito em 17 de fevereiro último.  O objetivo do contrato é amplo e, obviamente, deve estar incluindo pesquisas de preferência partidária ou eleitoral.  Não há como fiscalizar. Veja abaixo.
Junto com os boatos antecipando resultados, corre outra grave denúncia: o Ibope, ao montar a amostra de cidades, teria incluído cidades onde Dilma esteve em eventos nos últimos dias. Cidades como Uberaba, Ipatinga, Governador Valadares, Juazeiro do Norte, Cabedelo, Parnaíba e Guarulhos. Além de cidades e até mesmo bairros com obras do Minha Casa, Minha Vida. A legislação permite que a amostra com cidades e bairros seja publicada em até sete dias após o registro da pesquisa. No caso desta pesquisa do Ibope, até o dia 24 de maio, próximo sábado. Como é final de semana, possivelmente só estará no site do TSE na próxima segunda-feira.
O Ibope passou os últimos dois anos fazendo pesquisa para Dilma Rousseff. Tem a radiografia dos melhores e piores lugares em termos de apoio ou não ao atual governo. Não tem isenção para fazer uma pesquisa séria e, como em outras eleições, este instituto vai ajustar os seus resultados só lá na frente, na boca de urna. Vai sempre puxar para o seu cliente, neste caso o Governo Federal. Existe até mesmo uma piada no mercado político brasileiro: você compra uma pesquisa Ibope e ganha de brinde a margem de erro. Mas este é o Brasil de hoje, onde o STF solta um bandido de R$ 6,5 bilhões e a PF prende um governador porque tem uma pistola velha guardada em casa.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgicLvFZLx_Jf41dvjrLVlLWy-TbGGasSbUeb_YE5VGevwdcY7oYfbyjFodJF5qnFq7tQwZYX02T1mUxr1mcrvYaxTDZZk0a2KF7SzbFBisLLM5wvsP8MbWg3mW1MMlNNuLNKAA59IenD4/s400/A.png

Vai, Lula, vai!

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Nelson Motta

Os estádios estão lindos e cheios, os jogos de ótimo nível, com muitos gols e surpresas, as torcidas animadas e pacíficas, as ruas fervilhando de gringos e de alegria.  Independentemente da performance da seleção brasileira, a Copa é um sucesso.  Quem ama o futebol está feliz.
Assaltos, arrastões, tiroteios, roubos e furtos, achaques policiais, saidinhas de banco, sequestros-relâmpago — o habitual cotidiano urbano brasileiro — sumiram dos noticiários e, aparentemente, das ruas.  Com o Congresso em recesso futebolístico, cessam temporariamente as negociatas vergonhosas, as tenebrosas transações políticas e as propostas indecentes que prejudicam o país.
Quem ama o Brasil está feliz.

Todo mundo que ama futebol e já foi a um estádio sabe que nada se compara a ver um jogo ao vivo, no meio do calor da torcida.  Mesmo com todos os fabulosos recursos da televisão, o espetáculo no estádio ainda é insuperável.  Enquanto a câmera apenas segue a bola, da arquibancada se vê a totalidade do campo e a movimentação dos jogadores, as manobras táticas e as possibilidades de jogadas e lançamentos, que são parte importante da emoção do futebol.
Agora que se pode assistir ao jogo no estádio ouvindo rádio e conferindo no celular os replays e os detalhes da transmissão da televisão — e ainda comentando cada lance com os amigos, um dos maiores prazeres do futebol, pelas redes — é show de bola.
Quem não deve estar tão feliz é Lula, que trabalhou tanto pela Copa e ajudou o seu Corinthians a construir um estádio, que adora futebol, mas não vai assistir a nenhum jogo porque tem medo de ser vaiado, como nos Jogos Pan-Americanos de 2007, embora atribua a vaia a uma conspiração de César Maia, que teria até treinado milhares de militantes da prefeitura para vaiá-lo… rsrs.
Pobre Lula, que imaginou desfrutar da “sua” Copa na Tribuna de Honra, assistindo à vitória da seleção brasileira e ovacionado pela multidão, vendo televisão em São Bernardo com dona Marisa. Para quem adora futebol não pode haver pior castigo.
A vaidade vai vencer a paixão? O que é uma vaiazinha diante de um jogão? Vai, Lula, vai!
 
Nelson Motta é Crítico Musical e Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 20 de Junho de 2014.

LULLA – UM CRIMINOSO SEM ESCRUPULOS E SEM LIMITES!

Meu irmão:
Quero ver se alguém dos MAVs vai dizer alguma coisa a respeitos desta acusações.  Duvido muito que haja resposta e, muito menos, esclarecimentos.  Duvi-de-ó-dó!
Abração,
JG
 

 
Considerando que o autor identifica-se por completo e é um autodeclarado petista na origem, ainda que hoje professe sua condição de ex, resolvi repassar e ouvir a repercussão de suas palavras. 
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 LULLA – UM CRIMINOSO SEM ESCRUPULOS E SEM LIMITES!
 
CRIMINALISTAS AMERICANOS CONSIDERAM  LULA  MUITO MAIS PERIGOSO  DO QUE AL CAPONE...
 
José Guimarães dos Santos Silva – Jornalista     
 
Se vocês, como eu, se consideram Cidadãos Brasileiros, trabalhadores e, ainda, acreditam que o Brasil pode dar certo, peço alguns minutos de sua atenção para a leitura destas linhas, pois eleição é coisa muito séria.
- Sou jornalista há 31 anos, fui militante do PT por 15 anos consecutivos e atuei junto ao Diretório Nacional do PT com sede na cidade de São Paulo.
Por esses motivos, eu conheci e convivi, pessoalmente, com o Presidente Lula.  Votei no Lula em todas as eleições das quais ele participou.  O Lula era tido como um grande amigo meu e camarada, até o dia em que ele saiu da oposição e começou a governar o Brasil.  Todos os princípios e ideias que compartilhávamos pelos quais lutávamos foram traídos e abandonados pelo meu "EX-GRANDE AMIGO" LULA.
Então aqui vão minhas justificativas:
- O Prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, que também era meu amigo, foi morto a mando do Lula, da cúpula do PT (Zé Dirceu e Genoino) e da "Máfia de Ribeirão Preto" (comandada pelo Antonio Palocci).  Celso Daniel era muito teimoso e gostava de fazer as coisas do jeito dele, o que desagradava aos dirigentes do nosso partido (PT).
Quando o Celso Daniel interveio no funcionamento da "Máfia dos Transportes de Santo André", que era controlada pela cúpula Petista, minguou o dinheiro que era desviado para o PT e que era uma das maiores fontes utilizadas para financiar as campanhas; esse dinheiro ia para as mãos do grande coordenador de campanhas do PT, o ex-ministro Antonio Palocci junto com Zé Dirceu.
Celso Daniel atrapalhou os planos do PT e pagou com a própria vida por esse "erro".
O Toninho do PT de Campinas, também, pagou com a vida por se insubordinar ao Lula e ao Zé Dirceu.
 
- Quando estava à frente da Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy armou o esquema de contratações de empreiteiras para fazer coleta de lixo sem realizar licitação. Os donos das empreiteiras beneficiadas eram todos amigos da família de Marta e foram todos doadores da campanha dela.  Além disso, cada empreiteira tinha que pagar uma quantia mensal para poder continuar trabalhando, sendo que os valores arrecadados eram desviados para "financiar campanhas" e, como Lula sempre dizia com certo sarcasmo: "A Marta é rica e não precisa desse dinheiro, vamos usar essas (notas) aqui para outros fins mais agradáveis ao nosso bolso"...
- Os juros são um assunto que dá arrepios.  Nossa taxa de juros reais é a mais alta do mundo!
Até o FMI e as Agências de Classificação de Risco Internacionais sinalizaram que o governo brasileiro poderia abaixar os juros mais drasticamente e diminuir o superávit primário (dinheiro reservado para pagar a Divida Externa).  Mas meu ex-amigo Lula preferiu manter os juros altos e aumentar o superávit primário, estrangulando a economia brasileira, que por isso praticamente não cresceu durante todo o governo (enquanto os outros países em desenvolvimento cresceram 6% ao ano, em média, o Brasil cresceu 2%).
- Assim, as indústrias não cresceram e tiveram que demitir empregados, a agricultura que vinha bem ao longo dos últimos 12 anos ajudando o país a fechar as contas "no azul", também entrou em colapso, e hoje o setor está amplamente endividado, desde os pequenos até os grandes produtores.
O custo de vida aumentou.
Os impostos aumentaram.
As tarifas públicas aumentaram.

Com a estagnação e o desemprego, a marginalidade explodiu em todos os grandes centros urbanos.
E os bancos? Bem, os bancos brasileiros tiveram os maiores lucros da história do Brasil por quatro anos seguidos (durante todo o governo Lula) e as ações dos três maiores bancos privados do Brasil (Bradesco, Itaú e Unibanco) valorizaram-se mais do que as do Citi Group, que é a maior instituição financeira do mundo, com sede em Nova York, nos E.U.A., e mais do que as ações do Banco Santander, que é o maior banco da Europa da "Zona do Euro"
Com Lula no governo, o Brasil se tornou o paraíso nº 1 do capital financeiro especulativo internacional!
- Enquanto milhares de brasileiros passam fome e não têm emprego, e a frota de ônibus dos nossos grandes centros urbanos está sucateada, Lula mandou o BNDES dar dinheiro ao ditador cubano Fidel Castro para a compra de milhares de ônibus novos produzidos na China para eles!  Todos sabemos que nunca mais veremos a cor desse dinheiro e que ele poderia ter sido muito melhor utilizado no financiamento de ônibus para as cidades aqui no Brasil (afinal, o dinheiro é NOSSO), comprando veículos produzidos aqui mesmo, ativando a indústria automobilística nacional (talvez assim não haveria aqui milhares de metalúrgicos sendo demitidos todos os dias), gerando crescimento, emprego e renda, que é o que o povo mais precisa!  Mas Lula está enganando o povo com uma esmola chamada Bolsa Família, que não chega à maior parte dos brasileiros necessitados, ficando nas mãos de intermediários corruptos.
- Lula fez também o BNDES dar dinheiro ao Hugo Chávez da Venezuela, que por sua vez nadou em dólares que obtinha vendendo petróleo aos Estados Unidos.  Nós também nunca mais veremos esse dinheiro...  E Lula mandou o BNDES dar dinheiro a Evo Morales da Bolívia, que todos sabem que é um narcotraficante, e que por sua vez roubou a nossa Petrobrás (que havia investido mais de 1 bilhão de dólares do dinheiro dos brasileiros naquele país).
Evo Morales deu a nossa Petrobrás que está na Bolívia de presente a Hugo Chávez e ainda subiu o preço do gás vendido a nós brasileiros.
Ele fez isso em uma reunião a portas fechadas que os dois tiveram com o cubano Fidel Castro.
Evo Morales, Hugo Chávez e Fidel Castro colocaram a nação brasileira de joelhos, e Lula com o Chanceler Celso Amorim, panacas, ainda disseram que eles têm o direito de fazer isso!
- Esta é liderança de Lula na América do Sul:  Lula dá o dinheiro e o patrimônio do povo brasileiro a esses três ladrões, e os três riem e chutam o traseiro de LULA e do povo brasileiro! Mas o que mais me decepcionou foi descobrir que o meu ex-partido, o PT, tem ligações íntimas com as "guerrilhas e os traficantes de drogas" da Colômbia, do Peru e da Bolívia, e que o PT tem ligações com o tráfico de armas e com o crime organizado do Brasil!
- Lula e o PT têm vínculos íntimos com os atentados violentos perpetrados pela facção criminosa do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo. 
Eu sei porque fui informado por ex-companheiros de partido e, também, porque as táticas utilizadas pelo PCC são típicas de Guerrilha Urbana, exatamente iguais às táticas que o Zé Dirceu e Zé Genoino aprenderam em Cuba, e que eles nos ensinavam nos idos dos anos 80 em algumas fazendas de "amigos do PT", época essa em que ainda acreditávamos que devíamos fazer guerrilha. Agora meu ex-amigo Lula e meu ex-partido PT estão às voltas com um dossiê falsificado e encomendado de última hora a algumas facções criminosas que têm ligação com o partido.
- Quando eu estava lá no PT com Lula, Zé Dirceu, Genoino, Aloísio Mercadante, Marta Suplicy, Eduardo Suplicy, Erundina, Mentor, Antonio Palocci, Delúbio Soares, Ricardo Berzoini e tantos outros, eu ouvia que devíamos fazer tudo para conquistar e manter o poder, mas eu não imaginava que esse "tudo" incluía roubo, sequestro, assassinato, dilapidação do patrimônio público, enriquecimento ilícito, envio de dólares para o Caribe e para a Suíça, formação de quadrilha, tráfico de armas e de drogas e tudo o mais que Lula e o PT vêm fazendo nos últimos quatro anos!
- Por isso tudo (e por muitas outras coisas que não posso nem vou aqui mencionar) e porque os conheço muito bem, volto a pedir:
NÃO VOTEM NO LULA!
NÃO VOTEM NO PT!
O PT já se transformou numa organização criminosa!
LULA já se transformou num criminoso sem limites!
 
Enviem, pelo amor que temos pelo Brasil, esta mensagem para o maior número de pessoas possível!
Salvem o nosso Brasil !
José Guimarães dos Santos Silva - Jornalista e Ex-Petista

domingo, 4 de maio de 2014

GOSTAR DO BRASIL ESTÁ FORA DE MODA?

Pelo que a gente vê por aí, gostar do Brasil talvez esteja fora de moda. 
Porém, se você ainda gosta, aqui estão alguns motivos para confirmar seu amor. 
Se não gosta, talvez venha a gostar se conhecer melhor seus símbolos.

O Brasil tem histórias incríveis, que a maioria dos brasileiros cada vez conhece menos. 
Conheça, contadas com bom humor:

•  as bandeiras históricas que tremularam no Brasil e em Portugal (até 1822);
•  os símbolos das Forças Armadas e as e as insígnias de aviões e carros de combate;
•  as bandeiras e brasões de todos os estados brasileiros, em novíssimas ilustrações;
•  as bandeiras de todos os países lusófonos
Para completar, há ainda muito mais em centenas de ilustrações cuja preparação exigiu anos de pesquisa e trabalho intenso de ilustração, incluindo os brasões de cada um dos estados brasileiros, redesenhados com nitidez e correção.
Você sabia, por exemplo...
… que a Bandeira do Brasil foi a primeira a homenagear a mulher?
… que a Bandeira Imperial foi criada por um francês e o Brasão da República, por um alemão?
… que o Brasil pode ser chamado, com justiça, de país Templário?
… que uma bandeira nacional brasileira já tremulou com uma estrela vermelha?
… que o primeiro a segurar a primeira Bandeira Nacional Brasileira seria o maior responsável pela consolidação territorial do Brasil?
Somente R$ 45,00, mais o frete.
 

O VERDE E O AMARELO



Um livro do Irmão Harry Mendoza, Past Master da Loja Quattuor Coronati Nº 2076, tem um título interessante: Serendipity.  Não há em português uma palavra que corresponda a esta.  Segundo o Cambridge Dictionary, é o fato de encontrar algo interessante ou valioso por acaso.   Uma pena, porque ela define exatamente a sensação que senti diversas vezes ao pesquisar nossa história para escrever Bandeiras que contam histórias.
Sempre gostei de história.  Até hoje não consigo entender como é possível encará-la como uma entediante sucessão de datas, fatos e nomes, como se fossem coisas desconectadas umas das outras, que só se consegue dominar pela decoreba e da qual logo se esquece.  Que desperdício!  Que oportunidade perdida de estabelecer as conexões que a tornam inteligível...
Tudo começou quando preparei a edição de O Livro dos Dias para o ano de 2000.  Para celebrar os quinhentos anos do descobrimento, resolvi falar das bandeiras históricas brasileiras.  Claro, tive que pesquisar muito, recolhendo dados, datas e fatos das fontes mais diversas, verificando, comparando, tentando separar o joio do trigo para apresentar a informação e as ilustrações de forma correta.  Vocês nem imaginam quanta tolice se diz por aí!  A edição foi um sucesso. 
Um Irmão e amigo, José Carlos Meneghetti, diretor da Zit Editora, sugeriu que o texto fosse transformado em um livro.  Ainda que modesto, a edição original de Bandeiras que contam histórias me trouxe grandes alegrias e muitas surpresas.  Hoje, Bandeiras que contam histórias tem sua segunda edição, mais robusta, mais colorida, mais abrangente, incluindo também as bandeiras e os brasões dos estados brasileiros, que me custaram um ano e meio de trabalho para ilustrar.
Mas não estou escrevendo este artigo para falar de mim, mas das coisas interessantes que descobri
ao longo das pesquisas para escrever e ilustrar.  Coisas que a grande maioria dos brasileiros ignora e, com isto, perdem a chance de serem mais brasileiros...

A primeira bandeira a homenagear a mulher
Um dia, recebi uma ligação de uma professora gaúcha.  Indignada com o que escrevi no livro, ela queria saber de onde eu tirara aquela história de que as cores de nossa bandeira imperial tinham a ver com nosso primeiro casal imperial.  Ela sempre soube que o verde vinha “das matas” e o amarelo, das “riquezas minerais”, ora!  Tive que explicar, é claro.  Foi o próprio D. Pedro que determinou nossas cores: “verde de primavera e amarello d'ouro”.  Verde por que era a cor da casa de Bragança e amarelo que era a cor da casa dos Habsburgos, a qual pertencia a princesa Leopoldina.  A tonalidade de “primavera” para o verde veio como analogia ao país que se criava.  Muito romântico, não?
Bem, e a tal história de verde “das matas” e do amarelo “das riquezas minerais”? 
Simples.  Do dia 14 para o dia 15 de novembro, o “brasileiro dormiu em uma monarquia e acordou em uma república”.  A República foi um golpe branco, palaciano, sem qualquer participação popular.  Em 1917, a família imperial russa foi chacinada pelos bolcheviques.  Mas não apenas esta não era nossa índole como, se os conspiradores tivessem tocado no velho imperador, teriam que encarar a ira do povo.  Prova disso é que por mais de 20 anos o Brasil se viu às voltas com guerras civis.  Então, exilou-se a Família Real. 
Ora, se não se matou o imperador, mate-se a memória!  Foi assim que o verde deixou de ser Bragança para ser “das matas” e o amarelo deixou de ser Habsburgo para ser “das riquezas minerais”...

Aliás, esse assassinato proposital da memória continuaria mesmo que o retorno do regime monárquico fosse proibido como cláusula pétrea nas constituições.  Desvalorizar o passado e apagar a memória passou a ser uma atitude nacional.  Os artistas da Semana da Arte Moderna, em 1922, não escracharam a arte existente para promoção da deles?  Não menosprezaram Carlos Gomes como compositor italiano de segunda?  E para quê?  Para impor seu modelo.  Exatamente o fenômeno que vemos agora, só que muito mais grave, mais insidiosa.  Como explicar a passividade geral ante as distorções e mentiras facciosas que “adornam” a história atualmente ensinada nas escolas se não pelo costume que se arraigou de avilar e desprezar o passado?
Mas uma coisa é certa: ao criar a Bandeira Imperial, o artista francês Jean-Baptiste Debret fez dela a primeira no mundo a homenagear a mulher.
Realmente, nossa história tem muito a contar!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O primeiro porta-bandeira



Vácuo de brasilidade autêntica
Em Bandeiras que contam histórias, como contei antes, falei da origem das cores de nossas duas bandeiras nacionais, a imperial e a republicana.  Da mesma forma, há uma infinidade de fatos, eventos e detalhes extremamente interessantes em nossa história, boa parte deles embutidos em nossas bandeiras, brasões e nos símbolos neles contidos.  Eles bem poderiam servir para ajudar a construir o acervo de nossa nacionalidade, mas são desconhecidos ou, pior, ignorados por gente insensível ou com segundas intenções. 
O resultado é gente alienada, cujo imenso potencial de amor à Pátria só encontra expressão quadrienal, por ocasião da Copa do Mundo.  Mesmo assim, mal orientado, exacerbado pelo massacre de exposição e pelos adjetivos exagerados dos meios de comunicação, se desvanecem na primeira derrota da seleção.  Mário Filho, Nélson Rodrigues e João Saldanha que me perdoem, mas “pátria de chuteiras” é o cacete!  Dane-se a Copa.  Copa é esporte.  Se o esporte é nobre, disputado com fair play, viva o esporte!
Mas a Copa não é o Brasil.  Você é.  Por isto, muito mais ainda, viva o Brasil!
No estímulo artificial, quando cessa o barulho, cessa de imediato o interesse.  “Passemos a outro programa!”


Perdidos na insegurança
Aí, como bons cidadãos mal formados, voltamos ao dia dia de insegurança, reféns do sistema paquidérmico, do cipoal de leis e até do próprio idioma!
São milhões de leis que mal conhecemos (quem pode conhecer milhões de leis?), boa parte obsoletas, outras irrelevantes, um número enorme, inúteis e muitas delas contraditórias.  O essencial, poucos conhecem.  O mesmo pode ser dito do idioma, mutilado por reformas imbecis que nada mais fazem de prático do que declarar obsoleto tudo o que já foi impresso até sua adoção.  Como se pudéssemos nos dar a esse luxo!
O pior é que essa insegurança acaba fazendo coro com a ignorância e levando à descrença e ao ceticismo com relação a tudo que deveria ser tratado com seriedade e reverência.  Como consequência, tudo de sensacionalista que os meios abundantes de comunicação disseminam não tem qualquer possibilidade de análise crítica. 
Querem ver?
Um idiota sedento de fama diz que os brasileiros praticaram genocídio na guerra da Tríplice Aliança e a imbecilidade ganha foros de verdade.  Claro,  nem os ignorantes nem os inseguros – muito menos os preguiçosos e os complexados – iriam contestar!   Ficou anos a fio fazendo danos à nossa própria imagem até que historiadores sérios demolissem por completo as inverdades.  Mas, como há diferença entre a manchete caluniosa na mídia e a retratação em letras mínimas, o livrinho abjeto continua por aí, fazendo estragos. 
Outro “entendido” afirma que a desonestidade é atávica, parte do DNA do brasileiro.  Cita apenas os fatos que “comprovam” sua tese, ignorando todo o resto.  Como nem inseguros nem ignorantes contestam, a conclusão distorcida passa a fazer parte do conjunto de meias verdades ou mentiras descaradas que compõem o pacote de desprezo pelo Brasil e as coisas brasileiras.  Para o inseguro, o ignorante, o preguiçoso e o complexado, é mais fácil aceitar que simplesmente não prestamos.  Então, malandro, como “farinha pouca, meu pirão primeiro”, me dá o meu...
Isso é o que chamo de helicoidal descendente.  O destino final dessa brasilidade corroída é a lama.


Interrompendo a helicoidal descendente
Qualquer garotinho americano sabe que Betsy Ross, uma costureira, coseu a primeira bandeira americana, a pedido de George Washington.  Irrelevante?  Não, absolutamente não!  Muito ao contrário, é um tijolinho na construção do acervo da nacionalidade.  Dizem os educadores que o blueprint – o projeto, o fundamento – do que seremos no futuro é realizado até os dez anos. 
Ah, o brasileiro não é patriota!
Já ouvi essa afirmativa mil vezes e briguei mil vezes por causa dela. 
Asneira!  Besteira!  Imbecilidade!  O amor à pátria tem que ser ensinado na infância e estimulado sempre.  Somos Maçons.  A Bandeira Nacional está em todos os templos, não está?  Algumas vezes por ano, ela recebe algum destaque e até uma oração em seu louvor.  Pois é, mas no Rito de York esse culto é ainda mais constante: você renova seu compromisso de lealdade à Bandeira a cada sessão.  Na tradução do ritual da Grande Loja de Nova York para o português, foi reproduzida a estrofe do Hino à Bandeira, do imortal Olavo Bilac:
Juro fidelidade à minha Bandeira.  “Que nos momentos de festa ou de dor, paire sempre a sagrada bandeira, pavilhão da justiça e do amor”.
Exagero?  Não.  Mais um tijolinho do templo do culto à nacionalidade, que pode ser enriquecido quando apreciamos uma incrível coincidência histórica.  Deixemos que o livro fale.
“... um evento significativo, relegado pela maioria ao esquecimento, aconteceu em 1º de novembro de 1822.  Em cerimônia na capela imperial, D. Pedro I entregou o Pavilhão nacional, recém-criado, ao nosso primeiro porta-bandeira, o tenente Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias e patrono do Exército.  Justiça poética, que aquele que seria o maior dos avalistas de nossa integridade territorial, fosse o primeiro brasileiro a ter nas mãos a bandeira do Império do Brasil.  Estranhamente profético!”
Como eu disse, nossa história é fascinante, no todo e nos detalhes.  Como na história de todos os países, há acertos e erros.  Você, como Maçom, tem que saber uma verdade: quando você fala em qualquer lugar, se sabem sua condição de Maçom, então não tem jeito: a Maçonaria fala pela sua boca.  Então, meu Irmão, você tem que assumir a condição de porta-voz e preparar-se para tal.
E, se me permite o comercial, Bandeiras que contam histórias pode contribuir muito!